sexta-feira, dezembro 30

Dona Elenilda.

Escrevi esta história por uma razão especial, que me perseguiu durante algum tempo: tenho uma certa fixação com o verbo “escandir” e precisava usá-lo, de um jeito ou de outro.

Para que não tenham que ficar procurando pelo blogue, e ler de trás para frente, boto o texto todo, de uma vez, aqui. Fiz algumas correções.

Gostaria que os que tiverem paciência de ir até o fim, criticassem, mesmo, nos comentários.
Espero que tenham ótima festa de fim-de-ano e que 2006 traga respostas. Pelo menos algumas.
(Ah, em tempo: fatos e personagens são fictícios. Qualquer coincidência será meramente budista. )
AVISO AOS NAVEGANTES.
Cedi os direitos autorais da Donelenilda. Tiro-a do ar, portanto.
Estará nas livrarias.
Procurem por "Visões de São Paulo", organizado por Richard Diegues.
Desculpem, e obrigado.

quinta-feira, dezembro 29

Lobo.

Enfim descobri porque esta é a idade do lobo.

O sinal mais óbvio é a profusão de pêlos: saem das orelhas, das narinas, nascem nas costas, na barriga e – juro – até nos ombros.

Mas não é só isso: meu olfato nunca esteve tão sensível. Sou capaz de captar a maresia no 21º andar, quando estão queimando mato no subsolo. Percebo cigarros fumados dias antes, no suor da pessoa. A ingestão de alho, então, adivinho com semanas de diferença. Sei dizer, pelo cheiro, até as alterações hormonais das mulheres (o que, aliás, me salva de vários apuros).

Também tenho uivado bastante, com lua e sem ela.


Não tenho mais a agilidade adolescente, isto é, não quebro e derrubo mais as coisas com a mesma graça. Nem tropeço com a mesma freqüência. Mas, se meus reflexos estão um pouco menos estapafúrdios, meus músculos estão muito mais rijos (sim, sim!).

É, de fato, a idade do lobo. E, se você acha engraçado, cuidado: posso comer a sua vovozinha.

quarta-feira, dezembro 28

Eureka.

O pecado original não é o sexo; é o amor.

segunda-feira, dezembro 26

Devendra Banhart.

Hey Mama Wolf

When I'm in the woods I know what to call you now
When I'm in the woods I know what to call you now
Hey Mama Wolf
Hey Mama Wolf

Well maybe the mountains know what to call you now
Maybe the mountains know what to call you now
Hey Mama Wolf
Hey Mama Wolf

When I'm in a womb I know what to call you now
And when a belly blooms I know what to call you now
Hey Mama Wolf
Hey Mama Wolf

Well out in saint Marie I know what to call you now
Swimming in the sea I know what to call you now
And when you swim with me I know what to call you now
And when you're under me I know what to call you now
Hey Mama Wolf
Hey Mama Wolf


(Não sei nada de música, nem acho que eu tenha lá um baita bom-gosto, a ponto de recomendar qualquer coisa. Mas dessa aqui, de um neo-hippie pós-adolescente Texano que morou na terra de Chávez, gostei na hora. Easy-listening, indeed. Para quem não conseguir o download, este é o site do CD).

Susto.

Assusto pessoas.
Uns dizem que sou mandão,
dominador e resmungão.
(Outros dizem: bundão!)
Mas assusto pessoas.

Assusto pessoas.
Não sou grande, nem fortão.
Nem faço mais musculação...
(A não ser umas flexão, mermão).
Mas assusto pessoas.

Assusto pessoas.
Tem quem gosta e tem medão,
tem também quem não gosta, não.
(E tem quem só é meio bobão).
Mas assusto pessoas.

Acho que devia aprender Português.

quarta-feira, dezembro 14

Doctor Chesterton's Orthodoxy Pills.

The same women who are ready to defend their men through thick and thin are (in their personal intercourse with the man) almost morbidly lucid about the thinness of his excuses or the thickness of his head. A man's friend likes him, but leaves him as he is: his wife loves him and is always trying to turn him into somebody else. Women who are utter mystics in their creed are utter cynics in their criticism.

quarta-feira, dezembro 7

He, Who Walks Among the Giants.

Estive, ontem, com os alter-egos de alguns membros da Liga da Justiça.
Bruce Wayne estava atrasado, e não pude esperar.
Esqueci de me despedir do Lanterna Verde. Desculpe.
Guardo dois autógrafos, como prova.