quinta-feira, dezembro 29

Lobo.

Enfim descobri porque esta é a idade do lobo.

O sinal mais óbvio é a profusão de pêlos: saem das orelhas, das narinas, nascem nas costas, na barriga e – juro – até nos ombros.

Mas não é só isso: meu olfato nunca esteve tão sensível. Sou capaz de captar a maresia no 21º andar, quando estão queimando mato no subsolo. Percebo cigarros fumados dias antes, no suor da pessoa. A ingestão de alho, então, adivinho com semanas de diferença. Sei dizer, pelo cheiro, até as alterações hormonais das mulheres (o que, aliás, me salva de vários apuros).

Também tenho uivado bastante, com lua e sem ela.


Não tenho mais a agilidade adolescente, isto é, não quebro e derrubo mais as coisas com a mesma graça. Nem tropeço com a mesma freqüência. Mas, se meus reflexos estão um pouco menos estapafúrdios, meus músculos estão muito mais rijos (sim, sim!).

É, de fato, a idade do lobo. E, se você acha engraçado, cuidado: posso comer a sua vovozinha.

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

oi lobão,

adorei... beijos hoje e sempre!

29.12.05  
Anonymous Anônimo disse...

Quem não tem vovozinha que se cuide!

29.12.05  
Anonymous Anônimo disse...

hahaha.

(gostei tanto que até coloquei ponto depois do riso.)

abraço

29.12.05  
Blogger mauro disse...

Rodrigo, você chega lá, vai ver. Os primeiros vêm no nariz, mark my words.

Meninas, fora os pêlos (e o olho, que é meu mesmo), o resto é piada, pô. E a dona Loba lê este blogue, por isso, behave, antes que me causem brigas na alcatéia!

30.12.05  

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