Ah, seu glosador.

Graaaaaaaande comentário, u-hú. Pensei a mesma coisa a semana passada, mas só o seu talento inato sabe dar vida a essas idéias. É por comentários como esse que a internet vale a pena.

Mais Kevin Johansen

So lazy

They’re beating people on the streets (and I’m so lazy)
No one has nothing to eat (and I’m so lazy)
Nothing ever seems to change
All the stars have the same name
I would love to fix this world but I’m so lazy…
so lazy…

And I would write another verse but I’m so lazy
Life just can’t get any worse and I’m so lazy
Some may say ‘the end is near!’
But it’s only one more year.
And I would love to live in fear but I’m so lazy…

So hang out with me, we’ll watch the trees
and yawn ‘till dawn, and never sleep…
Just hang out with me, enjoy the breeze
we’ll make believe the whole world’s lazy,
so lazy, so lazy, yeah!

So hang out with me… (repeats)
Though some may say ‘the end is near!’
It’s just the end of one more year…

Ya no quiero trabajar and I’m so lazy!
Ni siquiera trasnochar and I’m so lazy!
Sólo quiero descansar y que me dejen en paz,
Quisiera al mundo cambiar, but I’m so lazy…

Pax!

Ora, para quê tanta briga? A diferença de opiniões é cada vez menor:


Direita:
Fora as refinarias de petróleo, o Estado mal tem infra-estrutura industrial. Milhões de desempregados obesos, brindados pela previdência social até com vouchers do MacDonald's, passam as tardes em cadeiras de balanço, nas varandas de suas casas em ruínas, curtindo uma ociosidade deprimente e sem esperança. (...) O turismo sexual move a economia. Desordem, ilegalidade, roubalheira, confusão. (...) A população teve dois dias para salvar a vida. Bastava andar cinco milhas. Ninguém andou, nem foi incentivado a isso.

Esquerda:
New Orleans se parece tremendamente com Salvador.

Live Aid.

FROM DR. MRS. GRACE BOLAIGE

DIRECTOR IN CHARGE OF AUDITING AND ACCOUNTING UNIT,

CONTINENTAL BANK PLC,

ABUJA,NIGERIA.

Greetings,

Pleasure writing to you at this moment of the day, I am DR.MRS GRACE BOLAIGE, the director in charge of auditing and accounting Unit of CONTINENTAL BANK PLC in Abuja. I deem it fit to contact you regarding to a transaction that will favour both of us at the end, and I got your contact in my search for a reputable and reliable person to help me claim the fund in question.

I discovered the sum of eight million one hundred thousand United States Dollars (USD8.1M) belonging to a deceased customer of this bank. The fund has been lying in a suspence account without anybody coming to put claim over the money since the account owner late Mr. Malik Mohd from Singapore, who was involved in the December 25th Benin plane crash.

The said fund is now ready for transfer to a foriegn account whose owner will be portrayed as the beneficiary and next of kin to the deceased customer of the bank. The foriegn account owner will impost himself as the next of kin to the deceased and respond positively like a true next of kin who wishes to speed up the release and transfer of his inherited fund. If the over due fund if not claimed by the end of next quarter, the government of the Federal Republic of Nigeria will take over the ownership of the fund in line with the Federal Edict Act of 1999.

We do not want the government to take over the ownership of this money, that is why I contacted you for us to do the Business together, so that I will portray you as the bonafide next of kin to the deceased whose name is Mr. Malik Mohd. If you accept to carry out this project with Me, I will offer you 30% of the total sum, while I will take 70% of the total sum. Upon your acceptance to do this deal with me, I will effect the transfer within eight working days.

Be rest assured that, this transaction carries no risk and no extra responssibilities on your part, except the above mentioned roles and normally you will be required to maintain absolute information and absolute secrecy throughout the duration of this transaction, because discussing it with a third party might jeopardise the entire transaction. I am looking forward to receiving your interesting response on this project as this will greatly enrich the both of us at the end. please You may contact me throughmy private email: (mrs***@yahoo.co.nz)BEST REGARDS,DR.MRS GRACE BOLAIGE.

(Quem quiser ajudar o pobre africano, pode pedir o e-mail nos comentários).

Greve!

Tive uma sorte danada: sempre que dei aulas, não precisava do salário de professor.

- Epa, não precisava de dinheiro? Era milionário, filhinho-de-papai?

Não, não é isso – sou lá da Zona Leste (aê, zê-éle na fita, u-hú), crasse média. E precisar, até que precisava. Mas não precisaaaava. Meu primeiro cheque-salário, de seis horas-aula dadas num sábado de manhã, gastei inteirinho na Cultura. Ainda tenho o The Thin Man e o Maltese Falcon, do Dashiell Hammet para provar. Ainda hoje acho que gastei bem o dinheiro. Mas não foi em coxinhas, em passes de ônibus, em mensalidade escolar, essas coisas.

Depois, continuei com as aulinhas por um bom tempo. Mas não resisti, e arranjei trabalhos de verdade, desses de adulto, mesmo. Ganhava bem, mas não parei de dar aulas, até o semestre passado, quando a faculdade desistiu de continuar. Mas nunca liguei para o que ganhava como professor: sempre gastei tudo em pinga.

Por isso, sempre que vejo uma greve de professores – sobretudo os da pior rede de ensino no mundo – me dá pena desse povo sofrido, que sacrifica o prazer de dar aulas, para pedir mais dinheiro. Uma dó, como diria uma dessas doloridas professoras de Português.

Ah, sim.

Ninguém perguntou, mas a caricatura aí em cima é do P. G. Wodehouse, feita pelo David Levine (que, aliás, tem uma galeria mui maneira no The New York Review of Books: aqui).

Postão.

Acho brega escrever, num post, termos como blogar, blogueiro, blogosfera, blogolândia. Eu mesmo acho que já fiz isso, uns meses atrás, quando era mais ingênuo e deslumbrado com essas coisas (aliás, acabo de fazer de novo. Mas com propósito didáticos, o que justifica a grosseria, methinks). Pode-se usar esses termos no jornal, na TV - uma reporterzinha risonha e didática, explicando para a população ignara o que é um blogueiro, não é brega. Pode ser bobo, mas brega, não é. (Aliás, escrever brega também é brega. Parei).

Outra coisa que acho muito aborrecida é fazer posts longuíssimos, de duas ou três telas, com a detalhada explicação de determinado ponto de vista sobre determinado assunto-do-dia – normalmente, alguma coisa que prova, definitivamente, que George Bush errou nisso, ou naquilo, e que é responsável pela afta que nasceu na sua língua.

Esses posts são cheios de linques, para lá e para cá. E são linques que levam não para uma fotinho, ou para uma musiquinha, mas para outros posts intermináveis, de gente igualmente chata, também cheia de linquinhos que, de uma certa maneira, deveriam provar a verdade daquela palavra grifadinha.

Quando vejo esses postões, dou-lhes um parágrafo de chance. Quando me convencem de que dizem alguma coisa bacaninha, acho seria capaz de ir até o fim – mas sempre acabo me perdendo num dos linques do primeiro linque, esqueço o que estava fazendo e desligo o explorer.

Afinal, o que esperam? Que, ao invés de deitar no sofá e ler Wodehouse, vá ficar me entontecendo, atrás de linques, nesta cadeira dura? Ora, vamos.

Doctor Chesterton's Orthodoxy Pills,

"I have never been able to understand where people got the idea that democracy was in some way opposed to tradition. It is obvious that tradition is only democracy extended through time. It is trusting to a consensus of common human voices rather than to some isolated arbitrary record. The man who quotes a German historian against the tradition of the Catholic Church, for instance, is strictly appealing to aristocracy. He is appealing to the superiority of one expert against the awful authority of a mob."