Postão.

Acho brega escrever, num post, termos como blogar, blogueiro, blogosfera, blogolândia. Eu mesmo acho que já fiz isso, uns meses atrás, quando era mais ingênuo e deslumbrado com essas coisas (aliás, acabo de fazer de novo. Mas com propósito didáticos, o que justifica a grosseria, methinks). Pode-se usar esses termos no jornal, na TV - uma reporterzinha risonha e didática, explicando para a população ignara o que é um blogueiro, não é brega. Pode ser bobo, mas brega, não é. (Aliás, escrever brega também é brega. Parei).

Outra coisa que acho muito aborrecida é fazer posts longuíssimos, de duas ou três telas, com a detalhada explicação de determinado ponto de vista sobre determinado assunto-do-dia – normalmente, alguma coisa que prova, definitivamente, que George Bush errou nisso, ou naquilo, e que é responsável pela afta que nasceu na sua língua.

Esses posts são cheios de linques, para lá e para cá. E são linques que levam não para uma fotinho, ou para uma musiquinha, mas para outros posts intermináveis, de gente igualmente chata, também cheia de linquinhos que, de uma certa maneira, deveriam provar a verdade daquela palavra grifadinha.

Quando vejo esses postões, dou-lhes um parágrafo de chance. Quando me convencem de que dizem alguma coisa bacaninha, acho seria capaz de ir até o fim – mas sempre acabo me perdendo num dos linques do primeiro linque, esqueço o que estava fazendo e desligo o explorer.

Afinal, o que esperam? Que, ao invés de deitar no sofá e ler Wodehouse, vá ficar me entontecendo, atrás de linques, nesta cadeira dura? Ora, vamos.