Maktub.
E, quando for devolver ao dono, ele vai segurá-la pelos ombros, com os indicadores e polegares em pinça, examinando um lado, depois o outro. Eu ali, do lado, encarando o chão branco, envergonhado. Ele vai perceber que está bem surradinha, com remendos aqui e ali, rasgões nuns pedaços. Encardida, mesmo.
- Ô, usou bem, hein?
- Ah, desculpa, não sabia que tinha que devolver...
- Mas é assim mesmo. Não gosto quando elas voltam engomadinhas.
Sorrindo (como sorriem os pais, escondidos, das mal-criações engraçadinhas dos filhos pequenos) vai jogar minha alminha usada num canto. E, indicando o portão aberto com um meneio leve da cabeça, vai dizer:
- Pode entrar, pode entrar.
- Ô, usou bem, hein?
- Ah, desculpa, não sabia que tinha que devolver...
- Mas é assim mesmo. Não gosto quando elas voltam engomadinhas.
Sorrindo (como sorriem os pais, escondidos, das mal-criações engraçadinhas dos filhos pequenos) vai jogar minha alminha usada num canto. E, indicando o portão aberto com um meneio leve da cabeça, vai dizer:
4 Comentários:
cute!
(comentário meio hebe bwannabe.)
;-)
heaven´s laundry... eu trabalho lá. beijos... andava com saudades dos seus textos. claudia (au bord de la mer)
Ô, Rodrigô - benditos sejam os bwannabes, pois deles será o purgatório inteirinho (só para invejar o povo dos céus, craro). E, Cláudia, faça isso não: o pior que pode acontecer com alguém é ficar de alma lavada...
Também gostei.
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