Sérgio Ferro.
Não o conheço, nunca o vi. E, ao vivo mesmo, vi pouquíssimos de seus raros quadros.
Mas Sérgio Ferro é, para mim, especialmente do ponto de vista da técnica, o maior pintor brasileiro de todos os tempos. (Também acho, é bom confessar, Michelangelo o maior gênio da pintura mundial, seguido de perto por Caravaggio – daí, talvez a predileção nacional).
O que me fascina, nesse cara, é que ele é egresso da FAU (aluno e professor), faz parte da geração que cunhou o termo sociopolítico. É costumeiramente homenageado, até, pelo MST – a quem doou uma dúzia de telas e em quem deposita esperanças. Mora, claro, na França (todo mundo ainda diz –foi exilado), onde é bem mais fácil ser socialista, ainda hoje.
O que me fascina, nesse cara, é que ele é egresso da FAU (aluno e professor), faz parte da geração que cunhou o termo sociopolítico. É costumeiramente homenageado, até, pelo MST – a quem doou uma dúzia de telas e em quem deposita esperanças. Mora, claro, na França (todo mundo ainda diz –foi exilado), onde é bem mais fácil ser socialista, ainda hoje.
E, ainda assim, suas pinturas e sua temática são conservadoras, eternas. Ele não superou a fase figurativista, como fazem todos; não cansou de desenhar cotovelos como cotovelos, para substituí-los por triângulos verdes. Não: cotovelos continuam cotovelos – mas lembram a Sistina, evocam Deus.
Nele, ars gratia artis. E isso é tão raro, tão raro.
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