Estação Paraíso.
Hoje, no metrô, um cara muito alinhado, pelos seus quarenta, que lia “As Minas do Rei Salomão”, serviu de modelo para uma menina de saia e camiseta pretas e meião três-quartos , que traçou os botões todos do paletó, num bloquinho, a caneta preta.
O cara percebeu o desenho, e fez uma certa pose com os ombros – o que os fez parecer desproporcionalmente largos no desenho, já que ele não era muito alto. A menina não tentou disfarçar, embora a sua franja escondesse os olhos (ligeiramente estrábicos, quando apareciam). Guardou o bloquinho e desceu no Paraíso, antes dele.
Mas ele conseguiu perceber, na parte de dentro do braço direito dela, a tatuagem de uma escada – como se ela esperasse alguém que subisse ali, para fazer-lhe cosquinhas. Chegou feliz, em casa.
O cara percebeu o desenho, e fez uma certa pose com os ombros – o que os fez parecer desproporcionalmente largos no desenho, já que ele não era muito alto. A menina não tentou disfarçar, embora a sua franja escondesse os olhos (ligeiramente estrábicos, quando apareciam). Guardou o bloquinho e desceu no Paraíso, antes dele.
Mas ele conseguiu perceber, na parte de dentro do braço direito dela, a tatuagem de uma escada – como se ela esperasse alguém que subisse ali, para fazer-lhe cosquinhas. Chegou feliz, em casa.
1 Comentários:
Mauro,
raptei esse singelo textinho para o Copy & Paste.
copy-paste.blogspot.com
Obrigado
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